domingo, 1 de maio de 2016

"Amor em paz"- Vinícius de Moraes

"Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei

Ao sentir que iria sofrer

E me desesperar

Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver 
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz"




SOBRE O POETA

Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de Outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro - RJ. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Catête e se formou em Direito em 1933, ano em que publicou “O Caminho para a Distância”, seu primeiro livro de poesia. Nos anos seguintes publicou ainda muitos poemas e ficou conhecido como um dos poetas brasileiros que mais conseguiu traduzir em palavras o sentimento do amor, tornando-se assim um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Vinícius de Moraes Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980.


ANÁLISE

No poema, o eu lírico fala sobre amor. Sobre sua amada. Demonstra seu amor no poema. Diz, que quando o amor se desfaz, há tristeza. Como descreve no poema, faz de tudo por seu amor. É a razão de seu viver, é tudo para ele. Em minha opinião, o eu lírico, tenta dizer-nos que o amor é uma da coisas mais importantes que poderíamos ter e sentir. Sem amor, sofreríamos todos os dias por não tê-lo. Pode não descrever, particularmente sobre o amor entre duas pessoas, mas o amor por sua família e amigos. Quando temos amor, temos tudo. Quando não temos tudo, nos sentimos incompletos. E quando perdemos este tudo, é a coisa mais triste. 


POR QUE DEVERIAM LER?

Sim, é somente mais um poema de amor, mas como todos eles, tem um significado. O amor, como todos dizem, é uma das coisas mais importantes da vida, sem ele, não somos nada. Sentimos amor por pelo menos alguém, qualquer um. Vinícius de Moraes deixa, também, explícito no poema, que uma das maiores tristezas da vida, é a de amor perdido, e consequentemente, a maior alegria, é a de encontrar um amor. Alguém que gosta de você com todos os defeitos e qualidades. Recomendo para refletirmos. Refletirmos, sobre quem nos faz bem, e quem podemos dizer que amamos.  




sexta-feira, 22 de abril de 2016

"Retrato"- Cecília Meireles

"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração 
que nem se mostra. 

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
- Em que espelho ficou perdida 
a minha face?"






SOBRE A POETISA

Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros". Em 1939 publicou "Viagem" livro que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras. Em 1922 casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Viúva, casa-se pela segunda vez com o engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo, falecido em 1972. Cecília Meireles falece em 9 de novembro de 1964.

ANÁLISE

No poema, o eu lírico, faz uma reflexão ao olhar aos seus retratos. Percebe que sua face na fotografia não é a mesma face quando se olha no espelho. Nada é igual. Nem mesmo seu coração ou mentalidade. Todos sabemos disso. Mudamos ao decorrer do tempo. Todos evoluem. A poetisa se questiona sobre o porquê. Não percebe a ocorrência desta mudança. Quando começou a deixar de ser uma pessoa e passou a ser outra? O tempo, como dizem, voa, e na maioria das vezes, não percebemos o quanto. Ao olhar em seus retratos percebe o quanto está diferente, e se questiona em qual espelho sua face havia sido perdida. Este último verso do poema, nos faz refletir, não menos do que o resto dele, mas faz. Ao perceber o quanto mudou em seus retratos, se questiona deste modo ao final do poema, tentando se recordar quando toda essa mudança, havia ocorrido. 

POR QUE DEVERIAM LER?

Quando nos olhamos em fotos antigas, quando bebês ou crianças, achamos aquilo natural, pois temos a consciência de que já fomos menores, e nos desenvolvemos com o tempo. Nossa mentalidade e físico evoluíram e não somos mais daquele tamanho. Mas nunca pensamos como isso ocorreu, e principalmente, quando. Quando começamos a enxergar uma nova pessoa através do espelho? Quando passamos a crescer e evoluir? Quando começamos a pensar diferente do que pensávamos? A poetisa, em "Retrato", questiona tudo isso em apenas três estrofes, deixando uma questão a ser pensada pelo leitor. Recomendo, pois chamou-me a atenção no instante que o vi, e tenho certeza que a interpretação do poema, lhe interessará, assim como muitos outros desenvolvidos pela brilhante poetisa.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

"Se eu morresse amanhã"- Álvares de Azevedo

"Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n'alva 
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!"



SOBRE O POETA

Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu dia 12 de setembro de 1831, em São Paulo, capital. Foi um romancista, dramaturgo e poeta brasileiro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II. Cursou faculdade de direito. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível. Falece dia 25 de abril de 1852, no Rio de Janeiro, capital.

ÁNALISE

No poema, o eu lírico fala sobre a possibilidade de sua morte acontecer. Cita os pontos ruins, e bons desta ideia. Sentiria, claramente, falta de sua sua mãe, mas também ficaria longe de coisas desagradáveis, na visão do poeta. As dores que sofreria na Terra, não sofreria mais, se sua morte chegasse. Comenta vários pontos positivos e negativos desta ideia, dando a entender, que não teria medo de sua morte acontecer, mas também não estaria completamente satisfeito. Se morresse amanhã, em sua visão, teria mais pontos positivos do que negativos. Ficaria longe desta dor da vida, veria a mais bela natureza. No entanto, como ele saberia de tudo isso? Dizem que as pessoas descansam em paz, e no poema, é essa a ideia transmitida, se ele morresse amanhã...

POR QUE DEVERIAM LER?

Recomendo o poema a todos para refletirmos sobre o medo de tantas pessoas: a morte. O poeta fala sobre o assunto de uma maneira natural. Até mesmo positiva. Na maior parte do poema fala sobre a morte de uma maneira normal, que ela é. Todos sabemos que como dizem "a única certeza que temos na vida, é a morte", então não deveríamos já esperar que ela aconteça? Obviamente não é boa a sensação de pensar que nunca mais veremos uma pessoa, levada pela morte, mas já que ela sempre existiu, já deveríamos estar acostumados com ela. Outro ponto que o poeta cita, é a visão da sociedade de que tudo após a morte seria a paz. Mas como vamos saber? Como saberemos se não existe vida após a morte? Cada indivíduo, acredita em uma "crença", mas o poeta deixa bem clara o sentimento de tranquilidade em relação a morte, no poema "Se eu morresse amanhã".

domingo, 10 de abril de 2016

"Razão de ser"- Paulo Leminski

"Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso

preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"









SOBRE O POETA

Paulo Leminski nasceu em Curitiba, Paraná, no dia 24 de agosto de 1944. Entre seus livros de poesias, todos editados nos anos 80, destacam-se: Capricho e Relaxos, La Vie en Close, Não Fosse Isso e Era Menos / Não Fosse Tanto e Era Quase. Paulo Leminski foi também professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, diretor de criação e redator de publicidade. Escreveu letras de músicas com uma grande influência de MPB chegando a fazer pareceria com Caetano Veloso. Faleceu no dia 7 de junho de 1989, em Curitiba, Paraná. 


ANÁLISE

Ao meu olhar, o eu lírico estava tentando transmitir a ideia de que não é necessário haver uma razão para fazer aquilo que queremos fazer. No poema falou sobre a profissão de escritor, dizendo que todos lhe perguntam o por quê faz isso. Muitas pessoas buscam, sempre, algum motivo, mas às vezes, não há nenhum. Não há motivo para gostarmos do que gostamos, para assistirmos o que assistimos, para estudarmos o que estudamos ou para vivermos como vivemos. O eu lírico cita, também, que "ninguém tem nada com isso", expressando um assunto muito falado em nossa sociedade. Se você quer fazer isso, simplesmente faça, e se alguém lhe perguntar o porquê, nem sempre temos a resposta de tudo. E no final do poema, deixa uma pergunta aos seus leitores: "Tem que ter por quê?", deixando ainda mais clara, a ideia que tentou transmitir durante todo o poema.


POR QUE DEVERIAM LER?

Recomendo a todos, para refletirmos várias ideias citadas no poema. Nem sempre temos que achar uma razão para tudo que fazemos, ou que vemos outras pessoas fazerem. Assim é simplesmente a vida. Não conseguimos achar uma razão para tudo, mas também, não devemos tentar achar uma razão para os atos de outras pessoas, pois, às vezes, não conseguiremos uma resposta. Este não é um poema de amor, como geralmente analiso neste blog, é um poema de reflexão, por isso, devemos tirar um curto período de nossas vidas para refletirmos sobre todas as ideias do poema, brilhantemente desenvolvido, por Paulo Leminski.

domingo, 3 de abril de 2016

Fotografias poéticas- Exposição Gênisis (Sebastião Salgado)

Falarei aqui, hoje, sobre a exposição "Gênesis" do famoso fotógrafo, Sebastião Salgado. Como, neste blog, falo sobre poesias e poetas, mostrarei e discutirei sobre o por quê das fotografias de Salgado serem poéticas, e não servir para relatar uma notícia. 
A exposição é dividida em 5 regiões do planeta (Terras do Norte, Terras do Sul, Amazônia e Pantanal, Santuários e África) e as fotos, são em efeito preto e branco.

Todas as suas fotografias tem um significado, uma história. O fotógrafo só expõe o que ele quer que seja mostrado. A perspectiva poética ou artística das fotografias de Salgado, é mostrar ao admirador uma coisa que ele quer que seja vista e percebida por todos. Por exemplo, a perspectiva poética desta foto, fazendo com que ela não seja feita para noticiar algum fato, é a harmonia entre as 4 espécies aí apresentadas (focas, pinguins, albatrozes e o ser humano). Provavelmente, a expectativa de Sebastião Salgado ao fotografar esta foto, foi que as pessoas percebessem que pode existir a harmonia entre seres de diferentes espécies. Essa é a unica fotografia deste projeto que Salgado apareceu, no olhar da foca.

As fotos de Salgado não foram feitas para retratar uma notícia, pois elas, apesar de mostrarem coisas que acontecem no dia a dia, não têm essa intenção. Estas fotos têm uma intenção poética, ou seja, retratarem uma situação e fazerem com que as pessoas pensem e reflitam sobre isso, para tentar imaginar o que acontece nesta fotografia. Como já havia dito anteriormente, todas as suas fotos tem um significado, e é uma missão do admirador, refletir sobre eles.




Outro exemplo, seria nesta fotografia. A história por trás disso seria dos nômades, pessoas que se adaptam ao ambiente, se deslocando de um lugar ao outro, não o modificam ao seu favor. Isso seria um exemplo para várias pessoas. Os nômades só levam consigo o que precisam para sobreviver, sem degradar a natureza.




Sebastião Salgado, durante sua viagem para desenvolver o projeto "Gênesis", viajou para diversos lugares, conheceu diversas culturas e presenciou diversos momentos. Uma das maiores provas de que o fotógrafo Sebastião Salgado não teve a intenção de tirar suas fotos para noticiar algum fato, é que ele só tirou fotos de momentos que ele realmente achou que significava algo e só expôs fotografias que ele achou que o ser humano conseguiria tirar algo proveitoso daquilo.

Recomendo a exposição para todas as idades, pois, de crianças até idosos, todos podem tirar algo proveitoso desta experiencia e refletir sobre a natureza e os seres humanos em geral. Devemos observar algumas das fotos de Sebastião Salgado, pois, elas podem mudar seu olhar sobre o mundo, pelo menos, mudou o meu, e por isso, indico a todos.

domingo, 27 de março de 2016

"Meu Destino"- Cora Coralina

"Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…"



SOBRE A POETISA

Cora Coralina nasceu na cidade de Goiânia, no dia 20 de agosto de 1889. Seu nome de batismo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Tornou-se doceira, ofício que exerceu até os últimos dias de sua vida. Famosos eram os seus doces de abóbora e figo. Cora Coralina já escrevia poemas desde 1903, publicando vários deles com o pseudônimo de "Cora Coralina". Em 1965, quando tinha 76 anos, lançou seu primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".  Em 1976, é lançado o seu segundo livro "Meu Livro de Cordel" pela editora Goiana. Mas o interesse do grande público é despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980. Cora Coralina faleceu em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985.

ANÁLISE

Nesse poema, o eu lírico fala sobre o destino como diz o próprio título. "Descreve"
 seu trajeto que chama de destino, até encontrar seu amado. Diz que nenhum deles procuraram um ao outro, simplesmente se acharam e consequentemente, acharam o amor, e esse dia, ficou marcado na vida de ambos. O poema tem uma mensagem muito linda e significante. Você não pode forçar o destino. O que tiver que acontecer acontecerá. O eu lírico prova essa ideia no poema. O poema como um todo fala sobre uma história de amor resumida, que, felizmente, acabou muito bem. Isso não é aplicado somente em histórias de amor. Tudo acontece por um motivo e a história traçada até esse motivo, é o destino.

POR QUE DEVERIAM LER?

Recomendo a leitura do poema para a compreensão da palavra que usamos tanto: "destino". O destino, como costumam dizer, pode não estar escrito, mas com toda certeza, tudo acontece por algum motivo. O destino é algo real, algo existente, e essa ideia é provada na história citada no poema. Uma história de amor, com um final feliz. Como já foi analisado, esse poema conta a história do eu lírico com seu amado. Deveriam ler pois é mais um poema com uma história de amor, como tantos analisados neste blog, com apenas uma diferença, esse é o primeiro poema analisado neste blog, criado por uma poetisa tão conhecida em nosso país, Cora Coralina.

sexta-feira, 18 de março de 2016

"Quero"- Carlos Drummond de Andrade

"Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor."


SOBRE O AUTOR


Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.


ANÁLISE



No poema eu lírico destaca a importância das três palavras mais simples e ao mesmo tempo mais significantes da língua portuguesa: "EU TE AMO". O poema inteiro fala basicamente sobre esse assunto. O eu lírico diz que sem o uso dessa expressão, o amor não é real. Sem a pessoa amada, fica-se sem rumo e a não ser que ela diga repetidamente que o ama, ele não se sente amado. Diz que o amor está na expressão "EU TE AMO" e que no momento em que a pessoa deixa de dizê-la, é porque parou de te amar, ou nunca te amou antes. O eu lírico se desespera pelo uso da expressão por parte de sua amada, ou se não, não seria completo, dando a entender, que até não sobreviveria. 


POR QUE DEVERIAM LER?


Esse é um poema bem interessante que trata de um assunto bem comum em nossa sociedade (o amor). No poema o eu lírico retrata a importância da demonstração do amor através da expressão comum: "EU TE AMO". Recomendo a leitura do poema para a compreensão dessas três palavras tão comuns para que muitos, não significam absolutamente nada, ou acham que são somente letras. Nesse poema, o leitor percebe que é mais do que isso. Percebe que para muitos essas palavras significam algo. Talvez após ler esse poema, o uso das palavras "EU TE AMO" por parte do leitor, serão usadas da melhor maneira possível, e com maior frequência.