domingo, 13 de março de 2016

"Quando ela fala"- Machado de Assis

Quando ela fala, parece 
Que a voz da brisa se cala; 
Talvez um anjo emudece 
Quando ela fala. 

Meu coração dolorido 

As suas mágoas exala, 
E volta ao gozo perdido 
Quando ela fala. 

Pudesse eu eternamente, 
Ao lado dela, escutá-la, 
Ouvir sua alma inocente 
Quando ela fala. 

Minha alma, já semimorta, 
Conseguira ao céu alçá-la 
Porque o céu abre uma porta 
Quando ela fala.




SOBRE O POETA

Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina. Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis. Faleceu em 29 de setembro de 1908.



ANÁLISE

O poema cita que com a fala de sua pessoa amada, tudo é perfeito. Tudo se conserta. Tudo se encaixa. Descreve o quanto sua fala é inspiradora para ele. Sem ela, não é capaz de nada. O mundo para, quando ela fala. O eu lírico é curado, quando ela fala. Quando ela fala, poderia eternamente escutá-la, o eu lírico. Resumidamente, o poema cita que sem a voz da pessoa amada, não poderia nada. Demonstra o amor. A paixão. Demonstra o quanto a pessoa amada é importante para ele.


POR QUE DEVERIAM LER?

O poema demonstra amor. Demonstra o amor que todos deveríamos sentir uns pelos outros. Deveriam todos ler. Para sentir o amor, e perceber quando você ama alguém, ou quando alguém te ama. O amor demonstrado no poema é sentido quando a pessoa fala, quando ela está com ele, é a melhor companhia. Deveriam ler porque é mais um poema de amor. Mais um poema que demonstra esse sentimento que todos sentem uma vez na vida. Mais um poema com uma linguagem sofisticada. Mais um poema escrito por um dos melhores poetas de todos os tempos.





Um comentário:

  1. Foi uma poema que recitei ao apresentar como trabalho (época do ginásio) na aula de português. Até hoje, nunca mais esqueci. Me faz refletir com é o amor (verdadeiro).

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